Comunidade LGBTI: relação eu-isso com a sociedade
Resumo: Relações de casualidade são comuns no mundo contemporâneo, principalmente quando relacionadas às pessoas da comunidade LGBTQIA+, pois estes são discriminados pelo restante da população, sofrendo diversas agressões físicas, verbais e psicológicas que as prejudicam em diversos setores sociais, daí objetivando a busca pela relação eu-isso que a sociedade faz com essa comunidade e como a sociedade esta sobre as relações trabalhistas e sociais, sejam mais abertas ou mais apáticas com as pessoas desta comunidade. Sendo assim, buscou-se analisar de maneira bibliográfica de caráter qualitativo de modo que fosse mais clara e objetiva, sendo utilizados livros e artigos de referência e a LEI 7716/89 para explicitar o crime de discriminação. Sendo assim é visto que a sociedade trata as pessoas da comunidade LGBTQIA+ de modo “casual”, ou seja, algo sem importância ou simplesmente como pessoas que não são “dignas” de terem seus direitos reconhecidos, faltando assim um sistema mais adequado de políticas públicas. Com isso se faz visível que é necessário que haja uma melhor implementação de políticas públicas para que haja uma melhora na sociedade de maneira sistêmica, para que desta forma as formas de violência contra esta comunidade seja reduzida o máximo possível.
Palavras-chave: Fenomenologia; Preconceito; Lei 7716; Sociedade; Social.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista que o mundo esta sempre tendo algum tipo de relação dentro de seus meios sociais o presente trabalho justifica-se pela grande relevância a respeito sobre o tema abordado, podendo vir a servir como base para futuras pesquisas, tendo como seu objetivo principal apresentar de maneira bibliográfica como se dão inicialmente os comportamentos nas relações eu-isso da sociedade com as pessoas da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transvestigênere, Queer, Intersexo, Assexual, + (LGBTQIA+), abordando de maneira breve aspectos fenomenológico essa concepção do eu no mundo e como se põe essa visão sobre os preconceitos das pessoas da sociedade contemporânea.
Nesse quesito é importante destacar que na obra de Braga e Farinha (2017) é explicado que de acordo com as obras de Heidegger (1995) o ser humano é sempre um ser-no-mundo, ou seja, sempre está em confronto em alguma situação, sendo sempre algo novo, se transformando. O ser-no-mundo vive em constante mudança e em paradigmas para o saber de sua existência para com o resto do mundo. (BARBOSA 1998).
Seguindo tal teoria pode-se afirmar que o ser humano está em uma constante de pensamentos, sejam eles em prol do outro ou não. Os que são contra outras pessoas sem o conhecimento prévio do que é aquele indivíduo, sendo o preconceito ideias difundidas por representações ideológicas dos diversos grupos e comunidades que os compõem, tais preconceitos se apresentam de diversas maneiras, podendo ir de agressões físicas ou verbais à algum tipo de exclusão das pessoas acometidas por discriminações (CANIATO 2008).
OBJETIVOS
Esta pesquisa tem, em suma, o objetivo de elucidar de maneira bibliográfica como se dão os relacionamentos eu-isso que ocorrem da sociedade com relação à população LGBTQIA+. Pesquisando se a sociedade trata as pessoas da comunidade LGBTQIA+, sendo ou de modo mais aberto em relações trabalhistas e sociais ou de modo mais apático.
Ao final desta pesquisa espera-se que sirva de base para futuras pesquisas que ressalvam o preconceito na sociedade para com esta comunidade, salientando-se uma abordagem fenomenológica sobre o assunto da relação eu-isso da sociedade.
MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA
O presente estudo visa estudar por meio fenomenológico as relações eu-isso de maneira dialética as relações das pessoas com a comunidade LGBTQIA+, ou seja, visando a contextualização do objetivo principal do trabalho, estruturando quando sua serventia para a comunidade científica e colaborando para o pensar crítico geral. (WACHOWICZ 2001).
Consistindo em uma análise bibliográfica de caráter qualitativo, explicitando de
maneira clara e objetiva o referente assunto tratado aqui, sendo assim de extrema importância
para que haja sua delimitação e que seja apresentado suas principais características a respeito
do tema (LAKATOS e MARCONI 2007). Por sua vez, as referências, livros de referência
sobre o tema, artigos e a LEI 7716/89, que foram utilizadas no trabalho foram escolhidas
visando sua qualidade textual e relevância pelo tema abordado, não servindo como critério de
exclusão seu tempo de publicação.
DISCUSSÃO
Diante dos fatos apresentados sobre as agressões e o modo como são considerados os relacionamentos, há de se ver que mesmo com a Lei 7716/89 atualizada, que trata as formas de discriminação e preconceito contra a população LGBTI como criminosas (GONÇALVES 2020), a sociedade ainda faz questão de tratar estas pessoas como algo apenas “casual”, ou seja, não dando importância para essas pessoas, como se as suas vidas não tivesse importância alguma. (LUCZINSKI e ANCONA-LOPEZ 2010).
Com isso, explicitamos que esse preconceito e discriminação contra pessoas da comunidade LGBTI são considerados crimes de ódio. Tal comunidade sofre com os mais diversos tipos de violência, como agressões físicas, verbais e psicológicas por exemplo, sendo assim esse problema acomete a sociedade como um todo há muitos anos e são resultantes de da falta de políticas públicas que disponham acerca de tais desafios. (MENDES e SILVA 2020).
CONCLUSÃO
Ao abordar esta temática a respeito da convivência dos seres humanos em sociedade, faz se ver que há de uma extrema importância logo de início uma adoção de políticas públicas voltadas para que seja ensinado e ou explicado as diferenças entre as diversas pessoas dentro de uma sociedade independente de onde ela se encontra, para que deste modo todos consigam viver minimamente sem o medo de ser quem são a qualquer horário do dia.
Todavia, este estudo tem por sua vez o interesse em convidar outros pesquisadores de
diferentes áreas a pesquisar e estudar sobre este assunto para que assim consigam espargir
esta ideia de uma abrangência de ensino para todos os setores da sociedade.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Márcio F.. A noção de ser no mundo em Heidegger e sua aplicação na psicopatologia. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 18, n. 3, p. 2-13, 1998. Available from https://doi.org/10.1590/S1414-98931998000300002.
CANIATO, Angela Maria Pires. A violência do preconceito: a desagregação dos vínculos
coletivos e das subjetividades. Arq. bras. psicol., Rio de Janeiro, v. 60, n. 2, p. 20-31, jun.
2008. Disponível em
GONÇALVES, Antonio Baptista. STF e a criminalização da homofobia. 2020. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/319644/stf-e-a-criminalizacao-da-homofobia. Acesso em 12 mar. 2021.
HEIDEGGER, Martin. (1995) Ser e Tempo (parte I). Petrópolis: Vozes.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
LUCZINSKI, Giovana Fagundes; ANCONA-LOPEZ, Marília. A psicologia fenomenológica e a filosofia de Buber: o encontro na clínica. Estud. psicol., Campinas, v. 27, n. 1, pág. 75-82, março de 2010. Disponível em